O prefeito de Agrestina, Thiago Nunes, e o vice, Zito da Barra, foram presos pela terceira fase da Operação Pescaria, deflagrada pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (10), em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU). A operação investiga desvios de recursos públicos na prefeitura da cidade do Agreste de Pernambuco. De acordo com as investigações, as vantagens ilícitas teriam sido obtidas através da contratação de uma empresa de fachada de forma fraudulenta, com recursos federais.
O caráter competitivo do processo licitatório era então frustrado e os contratos eram executados por meio de terceiros desqualificados, segundo comunicado oficial da Polícia Federal. Além do prefeito e do vice presos, a operação cumpre outros três mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais de pessoas ligadas ao esquema criminoso.
Mandados de afastamento de funções públicas de servidores municipais de Agrestina também foram expedidos, assim como mandados de sigilos bancários e fiscal dos investigados. Todas as ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
A investigação que culminou com a deflagração da terceira fase da Operação Pescaria mira a lavagem dos lucros ilicitamente auferidos pela organização criminosa. A quadrilha usava conta bancária ligada a um ?laranja? vinculado ao grupo.
Segundo a polícia, a conta bancária servia aos investigados para o recebimento de transferências bancárias e depósitos em espécie. A maioria dos depósitos eram feitos em valores baixos e sem a identificação da origem, realização de saques de valores vultuosos, bem como, também, para a utilização de cheques assinados em branco, tudo com o propósito de dificultar a identificação da origem criminosa do dinheiro.
As outras fases foram deflagradas em 21 de fevereiro e em 28 de março do ano passado. Os crimes investigados nesta terceira fase da operação são de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. |FolhaPE|